Ano: 2020 /Acontecimento: Conheci a Amanda

Até escrevi um texto
2 min readDec 21, 2020

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Todo ano eu faço um textão com resumo dos acontecimentos importantes e nesses textos sempre agradeço pelas pessoas que conheço e me relaciono. As pessoas são sempre as melhores viagens que faço e os melhores lugares que descubro. Esse ano não foi diferente nesse aspecto, mas preciso contar que em 2020 conheci uma pessoa especialmente importante. A Amanda. Não quero aqui romantizar o autoconhecimento e muito menos dizer que o completei, ainda estou bem no comecinho, de verdade.

Que negócio louco é me ouvir, lidar com as minhas confusões, separar um tempo significativo do dia pra prestar atenção no que estou sentindo, no que tenho vivido. Que angústia assumir minhas incoerências, imaturidades, meus comodismos, medos, egoísmos. Que aventura perceber minhas vontades desassociadas à opinião e possíveis desaprovações alheias. Bizarro ver meus sonhos absurdos e minha racionalidade se digladiando, como uma criança imaginativa voando e um adulto ranzinza com os pés firmados no chão.

Dedicar tempo para nós, na solitude, não deveria ser algo tão extraordinário. Passamos tanto tempo buscando a visibilidade, ansiando que nossos progressos sejam notados, esperando receber atenção e sermos conhecidos (estou escrevendo no plural para não ser tão vulnerável, eu avisei na biografia). Mas como apresento alguém que nem mesmo conheço? Como peço aplauso se não me sei? Como quero ser notada se não me noto? Como quero companhia se não me acompanho?

E não se engane, quando finalmente nos conhecemos — estou falando como se já estivesse lá — imagino que perdemos a necessidade de sermos notadas pelos outros. Quanto mais me sei, menos preciso que saibam. E aqui, rola um paradoxo, porque isso não significa que não precisamos de ninguém, afinal, é no encontro que nossa existência faz sentido! Ainda estou aprendendo essa parte, então só joguei no ar mesmo.

Enfim, a meta no começo do ano era viver confortável com quem eu sou. Mas antes dessa meta eu precisava saber: 1) O que é viver; 2) O que é confortável; 3) Quem eu sou?

Ainda não sei totalmente quem sou. Além disso, viver confortável me parece perigoso para a minha evolução e eu ainda não sei qual é a nova meta. Me sinto terrível por dizer isso. PESSOAS QUE NÃO SABEM BEM O QUE QUEREM, nunca critiquei — só 377 mil vezes.

Olha aonde eu vim parar com esse texto!? Nunca sei terminar e estou entregando o que prometi, aleatoriedade (leia a bio)!

Créditos do textão:

1) Amanda Santos;

2) TERAPIA (Minha terapeuta perfeita que provavelmente não vai ler isso);

3) Uns livros que li esse ano.

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Até escrevi um texto

Escrevo em voz alta. Desculpe desde já pela aleatoriedade dos assuntos! Por @eu.amandac